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Desertos

<<  Trabalhos Seção III: Desertos Menino Depressão nesta estrada Tatuada por minhas pegadas, O peso do fardo A tem aprofundado, Buraco e poço, Eu no fim do "posso" Depressão, ferida da alma Que cala a gargalhada Que desbota os dias Que enubla e traz noites frias Dor somatizada, que aterroriza Que faz do homem menino Buscando sob a cama Por um esconderijo Que o proteja do Bicho-papão Que devora a esperança, a fé, A perseverança e quem se é, Homem que vira menino Buscando um colo amigo, um abrigo. Vozes que ludibriam, Que tornam escuro E sem brilho o olhar De quem lhe dá ouvidos Olhos que não veem Mais luz no fim do túnel Onde está o brilho De teu olhar, menino? O forte torna-se fraco E a fraqueza vira calvário Gigante no combate, Se minhas mãos tão trêmulas Já não manuseiam bem a pedra Como derrubarei você por terra? Se a fé já não é meu escudo O que faço neste mundo Que quer me esmagar? Somos todos meninos Na hora da dor E neste desequil